O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), lançou há pouco no Senado sua pré-candidatura a Presidência da República. A ideia do governador é que o maior partido do país tenha candidatura própria e não fique apenas na composição da chapa com o PT.
Segundo Requião, sua candidatura é apoiada por representantes de 15 diretórios municipais do partido. Para ele, o PMDB precisa se reformular.
Para o governador paranaense, o partido não pode se conformar apenas em compor uma chapa em troca de cargos. Não podemos aceitar mais coligações que se façam em torno de acordos que levem em consideração uma diretoria estatal, um ministério, de empregos e de favores. Devemos, primeiro, conquistar nossa identidade partidária.
Requião negou que a sua candidatura sirva apenas para obter ganhos políticos. Não compro e não vendo posição política, disse.
A ideia de candidatura própria ainda deverá ser debatida na convenção nacional do partido marcada para o próximo ano.
De acordo com Requião, desde 1994, com Oréstes Quércia, o PMDB não tem candidatura própria presidência.
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Bons tempos em que os partidos ou outras pessoas lançavam seus candidatos.
Uma pessoa se lançando candidato? Estranho isso, hein?
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Tenho ouvido muito sobre o governador. Pouca coisa animadora.
O seu destempero verbal, as gafes que se multiplicam, a falta total de sensibilidade no trato com as pessoas, inclusive os seus aliados. Amigos tem poucos. Multiplicam-se os comentários "Requião nunca mais", "já votei, já trabalhei, mas Requião nunca mais".
Algumas pessoas me contaram constrangimentos realmente complicados, incríveis, suportados nos últimos anos. Piadinhas sem graças, perguntas idiotas sobre sexo, traição e maridos - a lista é repetitiva e grande.
A candidatura a presidente seria uma saída honrosa, longe do risco de tentar e não chegar ao Senado pela segunda vez?