Como estou longe da família, penso mais nas noites de Natal, acho que é isso - ou seria o tempo que passou, rápido demais? Aos poucos vou percebendo que essas noites das minhas lembranças podem ser parecidas, porém nunca foram ou serão iguais.
Neste ano estarei longe da casa de Porto Alegre e mesmo que eu estivesse lá haveria o lugar do pai vazio.
Lembro dos natais, da alegria e dos presentes. Não sei como a mãe e o pai conseguiram fazer desses dias, ano após ano, momentos de amor e felicidade. Algo muito acima e além do valor dos presentes, marcas que ficarão para sempre.
Sim, as marcas que ficaram foram, cada uma delas, simples e perenes, os melhores presentes desses mais de cinqüenta natais que se foram.
Nesse Natal diferente preciso registrar muitas mensagens, lembranças carinhosas e presentes.
Fica difícil escolher algo melhor, especialmente quando as coisas vêm acompanhadas de sentimentos reais e verdadeiros.
Mesmo ainda faltando a noite de Natal, elegi os três melhores presentes desse ano: minha família, os filhos ao meu lado (presente divino); o convite do amigo para a ceia, na união das famílias e da boa vontade; o livro do De Paula, que ele me entregou através das mãos do seu filho Guilherme - tudo continuará, amigo, esse é o recado mágico do seu presente.
"Maringânias", já falei sobre elas por aqui, mas nunca é demais falar sobre as coisas do coração. São versos que nos unem, com rara lucidez. Maringaenses de ontem, de hoje e de sempre. Nossas histórias e amores é fizeram e fazem nossas ruas, casas, árvores e destinos.
Nossas vidas não tem donos, nem nossas bandeiras, nem nossos sonhos que continuarão enraizados aqui, nas flores que vão nascer, no verde que crescerá, nos vôos de todos os passarinhos que continuarão iluminando de música as nossas tardes e manhãs.
Amigo poeta, nos seus versos (feitos para todos e para essa nossa cidade amada) você me deu o melhor presente desse Natal diferente. Uma marca que ficará ao lado dos outros natais que vivi e relembro cheios da melhor saudade, aquela que vem do coração.
Caro amigo Diniz, acho que nessa vida nós todos somos poetas. Emocionante este seu texto. O Natal tem o poder de nos remeter aos nossos mais nobres sentimentos e trazer os nossos queridos - estejam onde estiverem - bem do nosso lado. Sejamos felizes. De Paula