BRASÍLIA - O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quarta-feira um estudo que analisa a crise internacional e sua contaminação no Brasil. O estudo conclui que para a indústria brasileira o pior já passou, entretanto ainda não se pode afirmar que haverá uma recuperação da atividade industrial. De acordo com a análise, os fatores negativos verificados em dezembro do ano passado não devem se repetir com a mesma intensidade. Entre eles estão: a restrição ao crédito, queda do comercio mundial, a deterioração das expectativas dos agentes econômicos, o acumulo elevado dos estoques e os impactos defasados com aumento das taxas de juros pelo Banco Central.
Por consequencia, os levantamentos do Ipea afirmam que o quadro de recessão observado nos países desenvolvidos "não está posto para a economia brasileira", pelo menos neste início de 2009. O estudo aponta também que as medidas tomadas pelo governo federal nos últimos meses contribuíram e continuarão contribuindo para reduzir os efeitos negativos da crise do final do ano passado.
Além disso, o Ipea acredita que a continuidade dos investimentos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), com o aprofundamento de várias políticas sociais, além da ampliação do seguro-desemprego " tendem a sustentar a demanda e os investimentos domésticos mesmo em face da crise externa".
Apesar do otimismo, O Ipea conclui seu documento em tom de cautela lembrando que ainda prevalecem dúvidas a respeito do ritmo de produção em 2009, o que aumenta a importância de ações governamentais nos próximos meses. (Gustavo Paul-G1-19fev2009)

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