Terezinha Guilhermina
Felipe Massa foi campeão da Fórmula 1 por 38 segundos. Perdeu o título por 500 metros. Desde o último título de Ayrton Senna, em 1991, são 17 anos esperando por um piloto em condições de ser novamente campeão.
A consolação de ser campeão “moral” não muda a história. Lewis Hamilton ficará campeão para sempre. Porém Massa mostrou que sabe perder, um primeiro passo para ser um vencedor.
Nas suas palavras uma afirmação: “Deus sabe o que faz”. Não sei se o Felipe será campeão da Fórmula 1, um dia, mas já mostrou que é grande.
Terezinha Guilhermina é cega. Começou a treinar com 22 anos. Conquistou medalhas, é a recordista mundial dos 100 e 400 metros. Das Paraolimpíadas de Pequim trouxe a medalha de ouro nos 200 metros, prata nos 100 e bronze nos 400 metros rasos.
Na semana passada ela esteve em Maringá. Veio a convite para abrir a 12ª Copa Unimed Escolar. Aqui ela ficou sabendo sobre a Vila Olímpica, as políticas públicas e os projetos que Maringá tem para o esporte. Segundo ela mesmo declarou, não conhece nada parecido no Brasil.
Sem esconder o que estava sentindo, declarou que sempre teve um sonho, de encontrar um lugar para viver e treinar e que havia encontrado aqui o que sempre buscou. Sonho compartilhado pelo seu guia, o atleta-guia Chocolate.
Avançamos muito com a Vila Olímpica. Eventos nacionais já estão agendados para 2009 e 2010. Nestes períodos, todos os hotéis já estão lotados. Boa notícia para restaurantes, comércio e prestadores de serviços.
Para Terezinha Guilhermina ser uma medalhista paraolímpica ou parapan-americana o sonho parecia muito distante quando ela começou a treinar aos 22 anos. Em poucos anos, entretanto, ela alcançou os resultados que desejava e tem outros sonhos.
Quem sabe Terezinha também venha morar em Maringá, juntando forças com Vanderlei Cordeiro de Lima, Camila Murakami e tantos outros campeões, famosos ou não, para fazer de Maringá uma cidade modelo também no esporte.
Sim, Deus abençoa a todos que sonham, constroem e amam.
