O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) avaliou de forma positiva o depoimento dos promotores do Ministério Público do Distrito Federal, Gadaniel Palmeira de Carvalho e Ricardo Antônio de Souza, à CPI das ONGs, nesta terça-feira(04/03). Depois de questionar os promotores sobre a importância, para a investigação, da quebra dos sigilos bancário e fiscal dos dirigentes da Finatec, o senador disse que irá apresentar o pedido: "A Finatec demonstra possuir influência política e vínculos estreitos com o poder central em Brasília, não só pela proximidade física, mas pelas pessoas que consolidam esses vínculos. Não é somente o dinheiro utilizado para decorar o apartamento do reitor, mas há também contratos suspeitos de consultoria de gestão pública com prefeituras municipais".

Reitor
No depoimento do reitor da UnB, Timothy Muholland, o senador Alvaro Dias perguntou se ele considerava escasso o investimento em pesquisa científica no País, e diante da afirmativa do reitor, indagou: "Se há escassez, como a decoração do seu apartamento pode ser uma prioridade?". O reitor, cujo apartamento foi decorado e reformado por R$ 470 mil, ficou desconcertado.
Timothy também não soube explicar gastos de secretarias da universidade, convênios com organizações não governamentais e a razão de a Editora UnB ter gasto R$ 50 milhões (aumento de 100% dos recursos) e editado apenas 50 livros. "A sociedade brasileira exige respostas. Por que o Hospital Universitário da UnB não tem dinheiro para pagar a conta de água e o reitor tem dinheiro de sobra para bancar mordomias?", disse Alvaro Dias. (Material produzido pela assessoria do senador)

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